"Chez Alice" > O sável frito, com açorda de ovas (Lourinhã, 24 de janeiro de 2024) , ou com arroz de feijão (Quinta de Candoz, 30 de março de 2024)...
Blogue coletivo, criado e editado por Luís Graça, com o objetivo de ajudar os antigos combatentes a reconstituir o puzzle da memória da guerra da Guiné (1961/74). Iniciado em 23 Abr 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência desta guerra. Como camaradas que fomos, tratamo-nos por tu, e gostamos de dizer: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande. Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
sexta-feira, 12 de abril de 2024
Guiné 61/74 - P25376: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (45): "Chef" Alice, guardiã dos saberes (e dos sabores) culinários associados ao sável do Douro (que já não há): frito com açorda de ovas com com arroz de feijão, era a comida dos pobres, que não tinham a "burla", na Quaresma...
"Chez Alice" > O sável frito, com açorda de ovas (Lourinhã, 24 de janeiro de 2024) , ou com arroz de feijão (Quinta de Candoz, 30 de março de 2024)...
sábado, 30 de março de 2024
Guiné 61/74 - P25320: Manuscrito(s) (Luís Graça) (250): Da Quinta Candoz, com votos de uma feliz e santa Páscoa, e saudades da nossa 'Nita'
Candoz. Páscoa 2024 > A Natureza pujante, em nosso redor... O fotógrafo fez estas "aguarelas" que oferece aos nossos leitores, com votos de uma feliz e santa Páscoa.
Há um ano que partiste…para a viagem mais solitária, que todos temos de fazer um dia, mais cedo ou mais tarde, a da despedida da Terra da Alegria…
Tu partiste, maninha… E deixaste cá tudo, o que não precisavas, para essa tua última viagem, incluindo a Quinta de Candoz…
Tu partiste, mas deixaste-nos o espírito de Candoz, que tu sempre viveste e representaste como ninguém, ao longo de quase quatro décadas… Esse espírito continua vivo e a inspirar-nos.
Tu partiste, Nita, mas podes continuar a ter orgulho no teu Gusto, nos teus filhos e noras, nos teus sobrinhos, em todos nós que aqui estamos: enquanto secamos as nossas lágrimas, e suspiramos por ti, prometemos também nunca te esquecer, e manter vivo o teu testemunho, o teu exemplo de vida, o teu amor a este cantinho que é Candoz.
Tu partiste, mas sempre personificaste o dom, a doçura, o prazer e a alegria de dar e receber.
Tu partiste, minha querida mana, mas todos nós tentámos dar a volta à nossa dor, elegendo-te como a nossa deusa tutelar, protetora e inspiradora.
Tu partiste, mas continuamos a fazer, juntos, coisas lindas como este vinho na tua/nossa Quinta de Candoz…
Foi um sonho lindo, sobretudo do teu filho Tiago. Ele quis, e nós todos quisemos, fixar uma parte de ti, o melhor de ti, a tua “alma”, no rótulo e no conteúdo das garrafas deste nosso vinho, colheita especial de 2023, o ano em que partiste!
Na Quinta de Candoz, tu foste, comigo (e claro o teu homem), a mais entusiástica do projeto de modernização da cultura da vinha, há 40 anos.
Agora, com outras condições tecnológicas e com o apoio de enólogo, temos a primeira colheita e a primeira garrafa com o teu nome, o teu “petit-nom”, Nita.
Para além dos sabores e cheiros que o enólogo tão bem identificou, nós acrescentamos: tem também uma lágrima tua, uma pitada da tua alegria de viver, da tua felicidade na terra, muita da tua essência, do teu perfume, da tua generosidade, das tuas memórias e referências, que são também as nossas…
Fazer este vinho (e agora prová-lo neste dia tão especial) deu-nos vida e, acima de tudo, reforçou a nossa vontade de continuar a cuidar do teu legado..
Nita, tu partiste apenas, não “morreste” (nos nossos corações)…
Deixo aqui também um álbum com os versinhos e as orações que te dedicámos, eu e a minha família, e também uma seleção de fotos dos nossos melhores momentos.
Vou também agora brindar, com muita emoção, à tua memória, mas também à nossa vida, aos teus amores e aos teus amigos, incluindo os do ISEP, dos coros e do cavaquinho, que quiseram estar aqui contigo e connosco.
Um brinde também aos nossos descendentes, filhos e sobrinhos, que admiravelmente estão a manter vivo e a reinventar o espírito de Candoz.
Lá no alto, lá na tua “estrelinha”, querida Nita, continua a proteger-nos, a velar por nós e a inspirar-nos!
Até sempre, minha querida mana e amiga!
Tua Chita, Quinta de Candoz, 24 de março de 2024.
Último poste da série > 22 de março de 2024 > Guiné 61/74 - P25298: Manuscrito(s) (Luís Graça) ( ): Quinta de Candoz: a sagração da primavera
sexta-feira, 22 de dezembro de 2023
Guiné 61/74 - P24988: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (43): Arroz de moiras com grelos ("Chef" Alice)
Marco de Canveses > Paredes de Viadores > Candoz > Quinta de Candoz > 21 de dezembro de 2023 > O arroz de moiras com grelos,à moda da "Chef" Alice...Foto (e legenda): © Luís Graça (2023). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Estava precioso: tinha fígado e tinha moela: o seu perfume enternecia: três vezes, fervorosamente, ataquei aquele caldo.
− Também lá volto! − exclamava Jacinto com uma convicção imensa. − É que estou com uma fome... Santo Deus! Há anos que não sinto esta fome.
Foi ele que rapou avaramente a sopeira. E já espreitava a porta, esperando a portadora dos pitéus, a rija rapariga de peitos trementes, que enfim surgiu, mais esbraseada, abalando o sobrado - e pousou sobre a mesa uma travessa a transbordar de arroz com favas. Que desconsolo! Jacinto, em Paris, sempre abominara favas!... Tentou todavia uma garfada tímida - e de novo aqueles seus olhos, que o pessimismo enevoara, luziram, procurando os meus. Outra larga garfada, concentrada, com uma lentidão de frade que se regala. Depois um brado:
O bom caseiro sinceramente cria que, perdido nesses remotos Parises, o senhor de Tormes, longe da fartura de Tormes, padecia fome e mingava... E o meu Príncipe, na verdade, parecia saciar uma velhíssima fome e uma longa saudade da abundância, rompendo assim, a cada travessa, em louvores mais copiosos. (...)
Nota do editor:
segunda-feira, 11 de setembro de 2023
Guiné 61/74 - P24642: Manuscrito(s) (Luís Graça) (228): Uma romã e um cacho de uvas douradas, para ti, querida Nita(s), com a nossa (e)terna saudade
Foto nº 1 > Quinta de Candoz > Vindimas > 18 de setembro de 2020 > A Nita(s), Ana Ferreira Carneiro Pinto Soares (Candoz, 1947 - Porto, 2023) (*)
Foto nº 2 > Quinta de Candoz > Vindimas > 18 de setembro de 2020 > A Nita(s), a Mi (cunhada) e a Chita (Alice, irmã)
Foto nº 3 > Quinta de Candoz > Vindimas > 9 de setembro de 2023 > Um cacho de uvas douradas (1)...
Foto nº 11 > Quinta de Candoz > Vindimas > 9 de setembro de 2023 > A "romãzeira da tia Nita(s)", na borda de um dos nossos campos... (Nome científico: Punica granatum)
Este é o primeiro ano que fazemos a vindima sem a sua presença física. Nas duas primeiras fotos acima, de 18 de setembro de 2020, ela já sabia o diagnóstico da doença que a haveria de matar, e a que não teria sido alheia a exposição profissional a substàncias cancerígenas. Estóica e digna na doença, e ainda em tempo de pandemia de Covid-19, a Nita(s) não deixava de nos brindar com o seu sorriso luminoso, a sua gentileza, a sua fotogenia, o seu carinho , a ternura, o amor, o desvelo, a entrega, a generosidade e a alegria que sempre pôs em tudo o que fazia, bem como nas relações que mantinha com os outros.
(*) 26 de março de 2023 > Guiné 61/74 - P24170 : Manuscrito(s) (Luís Graça) (219): Na despedida da Terra da Alegria: à minha querida 'mana' Nitas, Ana Ferreira Carneiro Pinto Soares (Candoz, 1947 - Porto, 2023)
sábado, 26 de agosto de 2023
Guiné 61/74 - P24591: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (42): Saudades da caldeirada de peixe de antigamente... Valha-me a "Chef" Alice e o "chef" Tony Levezinho
Lourinhã > "Chez Alice" > 25 de agosto de 2023 > O almocinho hoje foi caldeirada de peixe para seis, incluindo a neta, o filho, a nora e a vovó da Madeira
Foto (e legenda): © Luís Graça (2023). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Em matéria gastronómica, havia coisas na Guiné que eram um luxo, sendo difícil ao "pobre do vagomestre" fazer, já não digo uma surpresa, mas uma gracinha na messe (também já não falo do "rancho" onde se rapava fome...).
No mato, não havia carne decente, não havia bom peixe, muito menos marisco... Uma vez por outra, lá se arranjava um cabrito, um leitão, umas galinhas raquíticas... e alguma caça: gazela, lebre, galinholas, javali... Mas isso era só para alguns, servido como petisco "semi-clandestino", fora da messe ou do rancho... Para se comer um "bifinho com ovo a cavalo e batatas fritas"(supremo luxo de um operacional do mato!) só em Bafatá, Bissau e pouco mais...
Esses tempos de fomeca (houve gente que passou dois anos a comer arroz ou espargute com conservas...) vêm a propósito da carestia de vida hoje em dia: o preço do peixe disparou (e o melhor do peixe português vai para Paris, Roma, Madrid, Londres, Bruxelas...), o polvo, os moluscos, o marisco, etc. que eram comida dos pobres e servidos nas tabernas do meu tempo de infância e adolescència, tornou-.se proibitivo para a maior parte das bolsas portuguesas.
Ainda me lembro, no anos 50/princípios dos anos 60, da lagosta vendida na lota, em Porto das Barcas, Porto Dinheiro ou Paimogo a sete e quinhentos (escudos) o quilo (!), enquanto o tamboril se deitava fora, por ser muito feio, e por não ter valor comercial nem gastronómico... A sapateira, a santola, a navalheira, o polvo, os ouriços do mar, as lapas, os mexilhões, os percebes, as enguias, etc. não íam à mesa dos ricos...
Tudo isto para dizer que é difícil, hoje em dia, comer uma boa caldeirada de peixe, num bom restaurante à beira mar, com cheirinho a maresia, a não ser pagando uma boa nota preta...
Por isso eu prefiro ir ao "Chez Alice": com très ou quatro qualidades de peixe (raia, safio da barriga, cação, etc.), mais uns camarões, umas navalheiras e umas amêijoas para pôr no fundo do tacho e "não deixar torrar", faz-se uma caldeirada de cinco estrelas, mesmo assim relativamente económica e de fazer criar água na boca...
Claro, a batata tem que ser boa, e a Lourinhã, nessa matéria, é umas das melhores terras não só de Portugal como da Europa para produzir batata (de diversas qualidades)... Caldeirada com batata de puré é uma desgraça!... O resto é o gémio culinário do/a nosso/a chef(s)... Neste caso, a Alice (que aprendeu com a minha mãe a cozinha estremenha).
E, por favor, não estraguem a caldeirada adicionando-lhe umas sardinhas... gordas!... É um desastre culinário... Adoro a sardinha (que é também do mar do Cerro, Lourinhã, e desembarcada em Peniche), mas só grelhada, com uma batatinha e pimentos ou até só com uma boa fatia de pão caseiro, comida de preferència na Tabanca do Atira-te ao Mar...
Bom apetite!
PS1 - Estou à espera da caldeirada do Tony Levezinho, que tem ganho prémios nas festas dos pescadores em Sagres!... Ele prometeu vir aqui um dia à Lourinhã mostrar os seus dotes culinários (que de resto já tinham alguma fama em Bambadinca e que nós temos mostrado no blogue)...
PS2 - Com os restos da caldeirada (a "auguinha") faz-se uma sopa de peixc divinal para se comer à noite!... De massinhas. Picantezinha, como convém...
____________Último poste da série : 20 de agosto de 2023 > Guiné 61/74 - P24571: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (41): "Frutos do mar" de Narvik, Noruega e... bifinho de novilho de alce de Kiruna...(Mas tenho inveja das nossas muito especiais amêijoas...) (José Belo, Suécia)
domingo, 20 de agosto de 2023
Guiné 61/74 - P24569: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (40): Comidinhas de verão: amêijoas, atum fresco e salada... ("E quando os coentros no Norte sabiam a "fedelho" e não iam à mesa do rei?!")
Fica aqui mais a sugestão gastronómica de verão do nosso "vagomestre de serviço", mesmo que os ingredientes estejam mais caros do que no ano passado (o atum, as amêijoas, até a batata e a cebola). Mas já que falamos de batata, tenho que deixar aqui o sítio de um homem da minha terra, o Raul Reis, do Sobral, Lourinhã, que fala "de cátedra" sobre a(s) batata(s) do nosso contentamento (era um luxo na Guiné, no nosso tempo). Batata Ratte, batata olho de perdiz, batata raiz-de-cana, batata Asterix... Tudo produtos "gourmets"...
Amigos e camaradas, boa continuação do verão, bebam água, protejam-se do sol (que também faz bem aos ossos), cuidado com as insolações e o cancro de pele... e sobretudo com as minas & armadilhas espalhadas ao longo do troço da picada que nos falta palmilhar neste terço da vida.
Continuamos, entretanto, à espera que os outros nossos 'vagomestres' nos mandem ao menos as fotos dos seus "petiscos de verão"... Comam bem o que bem vos apetecer (e se puderem...), mas não se esqueçam de partilhar as vossas fotos... gastronómicas (LG).
fedelho|â|ou|ê|
(fe·de·lho)
Regionalismo | Entomologia
Inseto hemíptero (Nezara viridula), de cor verde, que liberta um cheiro desagradável quando se sente ameaçado.
nome masculino
1. Criança que ainda cheira a cueiros.
2. Jovem muito novo.
3. Criança traquinas ou impertinente. = Badameco
4. [Regionalismo] [Entomologia] Inseto hemíptero (Nezara viridula), de cor verde, que liberta um cheiro desagradável quando se sente ameaçado. = Percevejo-do-Monte, Percevejo-Verde
"fedelho", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2023, https://dicionario.priberam.org/fedelho.
Último poste da série >: 19 de agosto de 2023 > Guiné 61/74 - P24568: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (39): Lagoa de Óbidos, Bom Sucesso: Enguias fritas no "Covão dos Musaranhos"
sexta-feira, 18 de agosto de 2023
Guiné 61/74 - P24564: Manuscrito(s) (Luís Graça) (227) : Chita... Não vale a pena parar, / A vida é p’ra se viver, / Com momentos p’ra sofrer, / É tudo sempre a somar.
Foto (e legenda): © Luís Graça (2023). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Querida Chita:
por ocasião da efeméride do
nosso casamento,
em 7 de agosto de 1976,
versinhos esses que não cheguei a
acabar (*)…
Acabo-os hoje, no dia do teu
78º aniversário (**):
Há já quarenta e sete
Que estamos os dois casados,
Mas um só, de namorados,
Que fique aqui de lembrete.
Teve momentos bonitos,
Alegrias e tristezas,
Dúvidas e incertezas,
Sorrisos e alguns gritos.
Eu não estou arrependido,
Feito o deve e o haver,
Que posso amanhã morrer,
Fica aqui o registo devido.
Gostei do nosso casório,
Lá na Quinta de Candoz,
Com os pais, manos e nós,
Só faltou o foguetório.
E tu também, aposto,
Com o "anho" à maneira,
Houve “bailo” lá na eira,
Nesse querido mês de Agosto.
Tu escolheste a pousada,
Lá no alto do Marão,
Eu roubei teu coração,
Tu dizes que foste enganada.
Querias Braga para morar,
Ou o Porto, ali mais perto,
Não, eu não fui mais esperto,
Se a Lisboa fomos parar.
São teus filhos alfacinhas,
De Lisboa gostam de sê-lo,
O teu amor não vão perdê-lo,
São eternas criancinhas.
E, a juntar à Joana e João,
Há agora uma Clarinha,
Que, diz a avó, babadinha,
Não lhe cabe no coração.
Setenta e oito degraus,
Muitos anos e canseiras,
Mutos erros e asneiras,
Nesta escada de calhaus.
Não vale a pena parar,
A vida é p’ra se viver,
Com momentos p’ra sofrer,
É tudo sempre a somar.
Se for a dois, tem mais graça,
Tu e eu, mesmo de muletas,
Fui-me abaixo das calhetas,
Tenho esperança, isto passa.
A melhor prenda que te dei,
Foi ontem os seiscentos passos,
Para ti podem ser escassos,
Mas foram os que eu andei.
Do ginásio ao café,
Sem muletas nem encosto,
Deu-me ânimo e gosto,
Ter andado tanto a pé.
E p´ró ano, fica agendado,
Irmos a uma ilha, os dois,
Mas sem muletas, pois, pois,
Provando que estou... curado.
Notas do editor:
(*) +Ultimo poste da série > 12 de agosto de 2023 > Guiné 61/74 - P24550: Manuscrito(s) (Luís Graça) (226): Provérbios populares sobre a doença, a medicina, a saúde, a vida e a morte: o que podemos aprender com eles? - Parte IVB: Enfermagem, Misoginia e Sexismo
Guiné 61/74 - P24562: Parabéns a você (2194): Maria Alice Carneiro, amiga Grã-Tabanqueira
Nota do editor
Último poste da série de 17 de Agosto de 2023 > Guiné 61/74 - P24558: Parabéns a você (2193): José Manuel Cancela, ex-Soldado Apontador Metralhadora da CCAÇ 2382 (Aldeia Formosa, Contabane, Mampatá e Buba, 1968/70)
sexta-feira, 21 de julho de 2023
Guiné 61/74 - P24492: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (38): O arroz de lingueirão à moda de Candoz
(lin·guei·rão)
nome masculino
1. Língua grande.
2. [Zoologia] Molusco acéfalo bivalve, com concha retangular estreita e longa. = Canivete, Ligueirão,Lingueirão-de-Canudo,Longueirão, Navalha, Navalheira.
"lingueirão", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2023, https://dicionario.priberam.org/lingueir%C3%A3o#google_vignette.
Último poste da série > 5 de julho de 2023 > Guiné 61/74 - P24451: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (37): A batatada de peixe seco... da Marquiteira, Lourinhã
sexta-feira, 12 de maio de 2023
Guiné 61/74 - P24310: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (35): chegou a primavera (mesmo sem "abril, águas mil"), que vai bem com (diz a 'Chef' Alice): (i) favas com casca, suadas, à moda alentejana; (ii) carapauzinhos fritos com arroz de tomate; e (iii) favas suadas à moda da Maria da Graça... Sem esquecer: (iv) o festival literário "Livros a Oeste (11ª edição, Lourinhã, 9-13 mai 2023); e ainda (v) a 14ª quinzena gastronómica do polvo (Lourinhã, 17-31 mai 2023)...
1. Já passou o Abril, mas não vieram as águas mil... Estamos em plena primavera do nosso (des)contentamento... Veio a seca, para ficar, cada vez mais cíclica... E, se água "cá tem" nas nossas hortas, deixamos de poder jogar aos feijões e, pior ainda, de poder fazer as favas suadas ou o arroz de tomate com peixe frito... Em contrapartida, teremos, pelos santos populares, a boa (?) sardinha assada no pão... Já se vende na praça, aqui, a cinco euros (já vai o tempo em que, perdulários, dizíamos: "ao preço da chuva"...)
Bom proveito... E mandem-nos também as vossas sugestões, enquanto a gente ainda puder andar por qui, pela Terra da Alegria... A prazo, claro, estamos a prazo.Mas esta semana, também há cá o festival literário "Livros a Oeste"... Porque, na terra dos dinossauros, nem só de favas vive o homem... Amanhã, 13, é o último dia... LG